terça-feira, 9 de outubro de 2007

Par ou Impar ?

Quem inventou a indecisão, só pode ser mesmo uma pessoa muito corajosa. Dessas que teimaram de inventar uma coisa na vida e sumiu do mapa, sabe?

Sumiu mesmo. Sem deixar rastro. Ou talvez, pode ter acabado louca. Porque se ela teve que sumir do mapa, significa que o mapa é muito grande. Cheio de caminhos diferentes.

E a coitadinha, foi inventar de inventar a indecisão. Acabou assim. Louca sem saber pra onde ir.

De repente, ela pode ter parado em algum lugar subterrâneo durante o inverno mais forte no Canadá.

Ou então, comprou uma passagem sem volta lá pelas bandas da Austrália. Ta lá até agora, contando canguru e provando pra todo mundo que canguru não é maioria na Austrália. Tem muito mais malandro no Brasil do que canguru na Austrália.

Será que ela está no Brasil? Em algum hospício abandonado, ou quase tombado? Desses hospícios bem tradicionais, chiques. Que parecem um quadro de um artista impressionista. E é óbvio. O artista só pode ser um louco.

Até hoje essa pessoa passa horas sem saber qual canal vai assistir. Não sabe se come geléia de morango ou biscoito de abacaxi e continua sem entender por que danado ela foi escolher o caminho errado.

Em seus pensamentos, que de loucos, ficaram tão loucos, ela acha que está colhendo maçã em shagri-la. Arrependida por não estar em um daqueles refeitórios cheio de brincadeira de criança na terra-do-nunca.

Quem mandou? Eu acho é pouco. Indecisão e escolha só podem significar uma coisa: dois.

Dois é dúvida, ou no mínimo, um coração partido em dois pedaços.

Um comentário:

Cleber disse...

Errar tem dessas coisas. O paradoxo é que fascina o Errante. E no paradoxo o Dois se faz Um. Sendo um Um de Dois, e que gira.

Mas e se tivessem dois corações partidos em um pedaço?