quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Amar-elo

Eu ainda realizo o sonho de publicar um livro infantil =)



Era uma vez uma menina que se apaixonava por várias coisas que via. A primeira paixão dessa menina foi uma borboleta. Muitos suspeitam que por causa disso ela começou a se apaixonar tanto. Porque desde então, ela sentia borboletas no estômago todo
santo dia.

A segunda paixão dessa menina foi a cor amarelo. A cor amarelo nunca foi a cor do seu quarto. Mas um um dia sem querer, pediram-na emprestado o lápis de cor amarelo. E ela se deu conta que ele havia sumido.

A menina, que quase ficou amarela, começou a pensar nesse pobre lápis que se perdeu por incontáveis segundos, minutos, horas e contáveis dois dias.

Como pode? Será que ele virou azul?

Já que pensar tanto nesse lápis começou a ficar angustiante, a menina resolveu resolver o problema: o lápis acabou porque havia pintado o sol.

E ele é muito grande, né?

E foi daí que nasceu um problemão: ela se deu conta que se apaixonou pelo sol.

Será que foi assim que ela descobrira o amor platônico?

Ah já sei. Amor platônico é isso. É algo que está tão longe que a gente não consegue ver.Não pode pegar, não pode sentir. O que essa menina não descobrira ainda, afinal ela era muito nova, era que longe pode significar perto, quando são as almas que não se tocam.

Mas voltando ao que deixava a menina sem ver o sol. Ela não conseguia ver duas vezes. Que luz forte essa do Sol, viu? Deve ser por isso que o amor é cego.

eita, mais uma descoberta para um coração pequenino.

Mas o que a menina não sabia é que coração pequenino também significa um coração apertado por uma dor. Essa dor é muitas vezes de saudades.

Havia pouco tempo que ela conheceu o Sol. Ele nao era nada perfeito. Ele não era aquele solzinho cheio de sorrisos típico de embalagem de iogurte. ele era normal. um sol qualquer por ai.

E por que então, então pouquinho tempo, ela se apegou ao Sol? O sol lembrava o lápis de cor amarelo.

E para ela, não havia nada mais ingênuo do que um lápis de cor amarelo.

Então era isso. As borboletas no estômago começaram a nascer amarelinhas.A saudade começou a ficar amarela.

Era saudades do que ela ainda nem conhecia. mas só sabia que era bom.

De repente ela começou a esquecer o sol. ai vieram as nuvens. de tanto dormir pensando no sol, ela começou a contar carneirinho para não dormir.

Porque pra menina, era o contrário: contar carneirinho significa pensar em carneirinho. Assim ela não dormia.

E no pequeno dicionário das paixonites agudas da menina, insônia é quando você começa a pensar tanto em alguém que nem dorme.

Mas de tanto contar carneirinho, ela um dia acabou dormindo de verdade e sonhou com as nuvens.

As nuvens a protegiam. as nuvens pareciam doce. só pareciam. ela nunca havia experimentado o algodão-doce.

Foi aí que ela descobriu o amor carinhoso. O amor fofinho. Mais fofinho do que um bichinho de pelúcia.

Um dia, ela sem querer sonhou que caíra das nuvens.

Mas desse tombo, que nem doeu tanto assim, em comparação ao tombo do sol,ela caiu no chão.

Lá estava a menina no chão. sem paixão. com borboletas que começaram a escapar do estômago.

como pode? foi aí que ela viu pela primeira vez um algodão-doce.

o que era aquilo? Viu não. Avistou.

Era uma nuvenzinha do tamanho do meu coração?

Ela começou a correr pra cada vez ficar mais perto. Diferente do Sol, desta vez, ela podia se aproximar. E diferente das nuvens, ela nào precisava sonhar tanto.

Foi ai que ela viu que o algodão-doce escondia um rosto. um rosto tão comum que ela nunca tinha visto de verdade.


A menina se apaixonou por um menino de coração tão pequeno como o dela.

Borboletas vermelhas começaram a se aproximar dos dois. Vermelhas porque o tal menino gostava de vermelho. E diferente da menina, ele nem ligava pra essa coisa de paixão. Então, como no dicionário da menina, vermelho é a cor que mais fácil lembra o amor, que assim seja.

De todo jeito, o menino ofereceu um algodao-doce e um lápis amarelo.

lápis amarelo?

Não importa. a Menina tava tão encantada que acha que é amarelo.

Se é amarelo, quem sabe?

Só sei que com ele, ela começou a desenhar um sol, uma nuvem, uma menina, um menino, um algodão-doce e duas borboletas para cada coração:

amarelo e vermelho.

Guardou tudo e colocou em um envelope. Quando já ia colocar na caixinha do correio, lembrou: esse menino nem mora tão longe como o Sol. Ele pode receber essa cartinha das minhas mãos.

E como agora essa tal paixão nem platônica era, a menina se deu conta que precisava de um relógio.

3 comentários:

Alex Luna, Tarrask disse...

e pq nao publica, ora peste?

joga no lulu.com

Nana disse...

Publicaaa
Manda betinho ilustar ;)

Alex Luna, Tarrask disse...

publicaaaaa